É importante que as empresas tenham um controle rigoroso do seu caixa para garantir que tenham fundos disponíveis para pagar suas contas. A gestão de caixa é uma parte crucial da gestão financeira de uma empresa, pois ajuda a evitar problemas de liquidez e a manter a
estabilidade financeira…
É o Caixa que paga as contas, não adianta ter lucro e ficar demasiadamente retido em estoques e contas a receber. Para a manutenção da liquidez da empresa, deve haver um equilíbrio entre receitas e despesas. A escassez de recursos deve ser detectada imediatamente e suprida, de preferência, através de um rigoroso controle das contas do balanço patrimonial. Não se pode admitir ativos ineficientes na empresa, pois, tais ativos são, geralmente, os responsáveis pela falta de liquidez.
O fluxo de caixa constitui-se em medida adequada para monitorar a rapidez com que a empresa recupera seu capital investido na forma de ativos líquidos. É através desse instrumento, que o administrador financeiro poderá verificar a capacidade da empresa de gerar capital necessário para sua expansão.
Um bom fluxo de caixa, na verdade, apresenta vários níveis de caixa e todos eles são muito importantes na análise da empresa. Aqui vai um exemplo de um fluxo de caixa que facilita a análise:
Receita Recebida
(menos) Custos de Produção pagos
(=) Caixa Bruto obtido nas operações
(menos) Despesas Operacionais pagas
(=) Caixa Operacional
(menos) Despesas não Operacionais pagas
(mais) Receitas não Operacionais
(=) Caixa Líquido após aos fatos não operacionais
(menos) Despesas Financeiras pagas
(menos) Dividendos pagos
(mais) Receitas Financeiras recebidas
(=) Caixa Líquido após a remuneração ao capital
(menos) Amortizações de Empréstimos
(=) Caixa após a Amortização de Empréstimos
(mais) Novos Financiamentos
(mais) Aporte de capital em dinheiro
(mais) outras Entradas
(=) Caixa após novas fontes de recursos
(menos) Pagamentos de relativos a compra de imobilizado
(=) Caixa Líquido final
Fique atento na tendência do “Caixa Bruto obtido nas operações”, se houver quedas significativas, há algo errado com os recebimentos ou com o custo de produção, o que pode gerar problemas futuros.
Se o “Caixa Operacional” for negativo, ou mesmo tiver tendência de queda, a situação pode estar complicada, pois a empresa teria que buscar recursos no mercado financeiro, ou venda de imobilizado, ou mesmo queima forçada de estoque. É o que geralmente chamamos de pré-falência.
Normalmente, o “Caixa Líquido após aos fatos não operacionais” não é muito diferente do “Caixa Operacional”, a não ser que este seja negativo e a empresa vende ativo imobilizado no intuito de fazer caixa. O ideal é que os dois andem próximos.
Analisando o “Caixa Líquido após a Remuneração ao Capital”, podemos saber se a empresa consegue cobrir os custos financeiros com os recursos gerados após suas operações mais as receitas financeiras obtidas no período. O ideal seria que a empresa pudesse cobrir os custos financeiros apenas com o “Caixa Operacional”.
Quando o “Caixa após a Amortização de Empréstimos” é positivo, quer dizer que a empresa consegue cobrir o pagamento de seus empréstimos e ainda sobram recursos para novos investimentos. Caso contrário, a empresa terá que buscar novos financiamentos. Muito cuidado com isso, pois a empresa pode entrar num ciclo vicioso perigoso.